A MOBILIZAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS
Introdução:
Estamos baseando nossas ministrações no livro do profeta Ezequiel e o contexto deste livro nos ensina algumas coisas:
• A estratégia de conquista de Nabucodonosor, rei da Babilônia em Israel era de deportar os da família real, os aristocratas (famílias nobres), os militares, e os artesões qualificados; e, junto com todos eles, as suas famílias. No ano 586, Nabucodonosor tomou e arrasou Jerusalém, incendiou o templo. A população que ficara na terra era fraca politicamente, militarmente e financeiramente. Neste período foram exercidos os ministérios dos profetas Ezequiel e Daniel.
• Vemos que o propósito do rei de Babilônia era destruir a identidade do povo conquistado, de Israel e deixá-lo fraco e inoperante para não reivindicar seus direitos e recuperar a sua herança. Este também é o trabalho do diabo, fazer com que a igreja perca sua identidade, a marca da sua herança.
• Enquanto o inimigo se mobiliza para confundir a nossa identidade de povo de Deus, o Senhor se mobiliza para colocar o seu corpo (a igreja) em ação.
1. A mobilização da Glória de Deus (Ez 1.4).
• A glória de Deus não é estática ou parada. Ezequiel nos apresenta a glória de Deus sempre se mobilizando ou agindo. O dic. Aurélio nos diz que mobilização significa “movimentar, motivar, fazer passar as tropas do estado de paz para o de guerra, mover em prol de uma causa”.
• Então a glória de Deus é esta ação divina de guardar, de ministrar, de revestir seu povo (Israel e a igreja) para preservar esta identidade.
• A mobilização da glória de Deus vai se opor ao propósito do diabo personificado no rei da babilônia de destruir a identidade do povo de Deus.
• Somos um povo que possui identidade. Somo povo de Deus (Sl 100.3). Possuímos a marca da promessa de Deus em nossas vidas. Possuímos uma herança, um território que precisa ser alcançado, as vidas preciosas que serão nossos discípulos.
• Na experiência de Israel no deserto sob a liderança de Moisés, a glória de Deus fazia paradas estratégicas e repousava sobre o tabernáculo. Era um tempo para refazer as forças. Vemos muitos discípulos parados, porém não é para refazer as forças e sim sinônimo de perda de identidade, hoje é o dia de tomar posição. A glória de Deus se levantava e o povo a seguia, se a glória se levantava era sinal de uma nova conquista para Israel (Nm 09.15-23).
• Percebam que a glória de Deus é sempre posta em mobilização. Os líderes, os discípulos, as células devem seguir a nuvem da glória de Deus, devemos nos movimentar para grandes conquistas neste ano.
2. A mobilização da glória de Deus produz a mobilização dos querubins e das rodas (Ez 1.15-25).
• Muitos têm dificuldade de compreender estes textos (Ez 1.15-25; 10.09-17). A suma é de que quem anda com Deus sempre está se movimentando ou agindo no reino.
• Deus usou os seres angelicais para inspirar Israel e a igreja na sua mobilização na terra.
• Em qualquer parte da terra onde esteja havendo avivamento será vista uma igreja operosa em Deus, igreja que age.
• Não podemos deixar que o inimigo com suas astúcias nos paralise. Os líderes não podem perder sua capacidade de ação ou mobilização.
3. A Característica de quem se movimenta ou age em Deus.
• O simbolismo dos querubins nos ensina. Os querubins estão presente no Éden, na Arca do Testemunho, diante do trono de Deus, nas molduras do tabernáculo, etc.
• São chamados de seres viventes (1.05).
• Andam para frente (1.12). Não deixe a imaturidade lhe paralisar.
• Não se desviam quando avançam (1.12).
• Possuem aspecto de fogo, há fogo entre eles, há fogo saindo de dentro deles. (1.13). O discípulo do Senhor é fervoroso, tem espiritualidade que contagia, há fogo de avivamento em sua vida.
• Seguem a direção do Espírito Santo (1.12,20). Esta características é vista nos querubins e nas rodas. Seguir a carne e o mundo nos tira do fogo divino. Deixemos de ser almático (apenas emotivos) precisamos ser espirituais.
• Fazem manobras quando correm à semelhança dos relâmpagos (1.14).
• Seus corpos eram cheios de olhos (Ez 10.12; Ap 1.8). Ter visão espiritual. Ver as coisas do ponto de vista de Deus. Amar a Deus, ao próximo e as vidas que perecem.
• São adoradores (Ap 4.8).
• Estão diante do Trono de Deus (Ap.4.6). O trono da graça é o lugar de todo discípulo que quer ter capacidade de mobilização em Deus.
• Como satanás era um querubim, possuía estas características e hoje as usa para seus propósitos malignos (Ez 28.14). É necessário que o exército de Deus seja usado para declarar contra o diabo o decreto do Senhor para este ex-querubim. (Sl 149. 8,9).
• Possuem quatro aspectos em suas faces que significam características na sua capacidade de mobilização (Ez 1.10; 10.14; Ap 4.7). Se desenharmos os querubins com estas características ficaram com aspecto de monstros, precisamos entender que estas características têm significado espiritual:
1 – Rosto de homem (inteligência).
2 – Rosto de boi (a força do boi – servo no reino de Deus).
3 – Rosto de leão (coragem, liderança).
4 – Rosto de águia quando está voando (domínio de espaço, visão).
4. O impacto desta realidade na vida do profeta.
• O profeta Ezequiel declara a ação do Espírito Santo sobre sua vida (Ez 2.2; 3.12,14; 8.3;11.5,24).
• O Espírito é o vento tempestuoso (1.4), é o sopro de vida que anima os seres viventes (37.9-10), é a ação de Deus inspirando a palavra profética (8.3) e que transforma radicalmente interior do homem (36.27).
• O Senhor o desafia a profetizar a mudança no local onde ele foi posto para desenvolver seu ministério, e onde há morte haverá um Exército que se levantará (Ez 37.1-10).
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