domingo, 24 de outubro de 2010

RELAÇÕES INTERPESSOAIS


RELAÇÕES INTERPESSOAIS: O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO NA VIDA DO NOVO CONVERTIDO


¹Ivanilson  Soares da Silva; ²Ana Paula Celestino dos Santos Silva


¹ Concludente do Ensino Médio, pelo CE. Cônego Aderson Guimarães Júnior; Teóloga pelo Centro de Formação Ministerial Semente de Vida – CFMSV – MA.
² Concludente do Magistério pelo CE. Aluízio de Azevedo, Teólogo pelo Centro de Formação Ministerial Semente de Vida – Pastores da IBPAZ  de Volta Redonda.
Caxias - MA – Brazil







INTRODUÇÃO


Relacionamento verdadeiro é o que toda pessoa quer e não encontra nessa sociedade distorcida. Os valores pessoais não têm mais crédito. Cada homem e cada mulher possuem um sistema de conceitos emocionais e morais e espirituais com respeito a si mesmo. O modo como olhamos para nós mesmo, atribuímos valores a nós e àquilo que sentimos, irá definir o curso do nosso relacionamento com outras pessoas e com Deus.
A medida em que estamos comprometidos e envolvidos com nossas atividades, nos permitimos experimentar momentos singulares de relacionamento profissional, espiritual e pessoal, desnudando a verdadeira maturidade e habilidades comportamentais presentes em cada um de nós.
Nossa forma de ser, pensar e agir influencia diretamente os relacionamentos nas organizações, tanto no secular como nas de ordem espiritual, trazendo assim um equilíbrio ou desequilíbrio nas nossas relações interpessoais.
No contexto atual, observa-se que os valores e a reciprocidade de relacionamento entre as pessoas estão de certa forma em desequilíbrio e a igreja se torna o ponto central para reabilitar todo o processo e construção de emoções, valores e relacionamento, trazendo para si a responsabilidade de consolidar o seu rebanho e nivelar seu povo com uma consolidação eficaz que se inicia logo no início de vida do novo crente.

Observa-se que o número de pessoas afetadas com uma auto imagem negativa são capazes de corroer e destruir o relacionamento entre pessoas, pois na maioria dos casos a pessoa que se sente inferior se isola, se distancia de tudo e de todos. Passa a não gostar das atividades sociais e se torna amarga e indesejável. Nestes casos, precisa-se meditar e verificar como anda sua vida fisicamente, espiritualmente e emocionalmente. Conhecer suas falhas e aprender como lidar com elas, evita a ruptura do equilíbrio e ajudar a manter conseguem a harmonia desejada. Quem tem maior equilíbrio emocional, está mais predisposto a estabelecer relacionamentos duradouros e saudáveis. É imprescindível a manutenção do equilíbrio entre o racional e o emocional no que diz respeito a ensinar e a aprender com os erros e acertos.

A auto-estima elevada é resposta de um espírito renovado, pois as atitudes falam mais alto do que os pensamentos que permeiam sua mente. “Quem deseja mudar os resultados em sua vida, precisa mexer no seu nível invisível, seu mundo interior, pois é nele que tudo se forma”. (LEGRAND. 2008. p.23). Nesse sentido, é preciso que haja um equilíbrio ente razão e emoção.

PRINCÍPIOS DA CONSOLIDAÇÃO

A igreja primitiva traz para a igreja atual um grande legado. Demonstração de amor e vida de comunhão era um dos princípios mais utilizados na época para que o Senhor Jesus fosse conhecido por todos. Devemos permanecer na “comunhão dos santos”, consolidando o coração de todos àqueles que se unem em fé. O apóstolo Paulo é um exemplo de grande consolidador, que depois de sua conversão, se tornou um homem dócil, que atraia às pessoas à Cristo através de uma consolidação eficaz.

 No contexto histórico em que se vive atualmente, observa-se que as igrejas evangélicas neopentecostais estão mais preocupadas com seus fiéis. Há um cuidado todo especial pela pessoa do novo convertido. Esse ao chegar à igreja e abraçar a fé, recebe cuidados e um alimento espiritual mais sólido para que o seu caráter cristão seja forjado. Consolidar um novo discípulo é um papel muito importante da igreja, pois através desses cuidados, ele será capaz de assimilar melhor o conhecimento de Deus que lhes será transmitido. Será cuidado e ajudado a romper com os velhos conceitos de religiosidade que foram impregnados na sua mente durante sua trajetória de vida.

O discípulo é uma pessoa que requer atenção do discipulador, que adquiriu conhecimentos para cuidar do mesmo, onde deverá buscar uma comunicação para que possa atingir seus objetivos. A comunicação é um instrumento básico a qual contribui para avanços esperados no acompanhamento, facilitando o diagnóstico para verificar as deficiências a serem trabalhadas. Evidencia-se a necessidade de formar o caráter de Cristo no novo discípulo. A medida em que uma pessoa é discipulada, busca -se ensiná-lo a viver por fé com base solidificada na palavra de Deus, instruí-lo a guardar, isto é, a obedecer todas as coisas que Jesus ordenou, equipando assim o discípulo dando-lhe condições de desempenhar bem o seu papel.

Quando Começa o Processo de Consolidação


Nas relações afetivas verdadeiro ato de dar requer quatro elementos:
  • Se importar – Demonstrando preocupação com a vida e o crescimento do discípulo;
  • Responsabilidade – Responder as necessidades físicas, emocionais e espirituais expressadas ou não.
  • Respeito – Habilidade de ver a pessoa como ela é, estar ciente de sua individualidade única e consequentemente querer que cresça e se revele como ela é e torne-se a semelhança de Cristo.
Conhecimento – É o cuidar, atender às necessidades e respeitar o próximo tão profundamente quando o conhece. “... se compreendermos a natureza daqueles que nos cercam, certamente viveremos melhor e em mais harmonia” (LEGRAND. 2008. p. 47)
.O relacionamento é feito a dois e a confiança é a chave para dar certo. O que pode atrapalhar a confiança é a falta da verdade, trazendo como consequência o medo. Este quando presente nos relacionamentos compromete de maneira grave a continuidade da consolidação. Para tanto, se faz necessário ser claro e transparente em tudo, ser impecável com a palavra, vivendo continuamente falando e tratando com a verdade, independente das consequências, pois são aspectos fundamentais do comportamento para construir confiança em bases sólidas.

O consolidador precisa compreender que os discípulos não são iguais e cada um tem atitudes diferentes para diversas situações. Enquanto um pode estar vivendo a fé mais intensamente, a outra embora viva a fé, pode estar com esse desejo numa outra velocidade. É claro que isso pode criar insatisfação no consolidador, que entrega taças cheias e pode estar recebendo pela metade, contudo os discípulos vivem em níveis de intensidades diferentes. Neste caso é preciso não só paciência, mas compreender a natureza espiritual do discípulo cuja diferença em relação a do consolidador não é motivo para questionar o seu crescimento. Ter paciência para esperar que o discípulo desenvolva suas intensidades naturalmente no nível do Evangelho, e ter a serenidade para perceber que ele não precisa ser necessariamente igual ao consolidador, mas não se pode permitir que uma pessoa que se decidiu por Cristo, fique sem uma assistência imediata. A pessoa precisa sentir-se importante, pois o interesse por sua vida mostrar-lhe-á o quanto ela é importante.


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